Mar Paraguayo (para Wilson Bueno)

Me voy a morir en el Mar Paraguayo
Y hacerte llorar. Porque isso fizeste:
Me fizeste chorar com essa língua de flor
Estilete-tulipa-añaretãmeguá!
Vou correndo pro mar, “entrepernas” noturnas
Colorir e embalar
O teu texto de cunas – añaretãmeguá!
Que remansos!
Que babas!
Que salivas candentes!
Que cobras tão meninas!
Que cabras-asinas-añaretãmeguá!
Voy a naufragar en tu Mar Paraguayo
Só pra te assustar. E ficar cativa
Da tua rede de teias
Da tua língua de pêlos
Do teu corpo vermelho
Amado andirá-añaretãmeguá!

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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