o vício versa
versa até não querer mais
o vício versa
o vício faz viciar
o vício
espera o viciado nos versos
mais inesperados
nos inocentes
nos desesperados
nos puros
descomplicados
o vício espera na esquina
por todos os viciados
que insistem
em não se viciar
é inútil
o vício de fazer versos
é um vício de matar
fazer versos
que são de arrepiar
o vício também dispersa
mas aí
já é outra conversa

solda (2002)

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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