Foto de João Urban

Um livro nonsense. Páginas em que as fronteiras da prosa e da poesia são questionadas. No Ciclo de Leitura da obra “Catatau”, de Paulo Leminski, que começa neste sábado (25), às 10h30, na Casa da Leitura Paulo Leminski, detalhes como esses vão ser discutidos durante uma hora de atividade em que o mediador William Teca fará a contextualização da obra, seguida de leitura e conversa sobre o texto que tem como argumento pensar em como seria para um filósofo europeu racionalista como René Descartes viver no período colonial brasileiro.

Leminski teve a ideia durante uma de suas aulas de história num curso pré-vestibular. Ele abordava a invasão holandesa no Brasil Colônia, citando o fato de que alguns artistas e intelectuais europeus vieram para o Recife junto com os colonizadores. Como Descartes vivia nessa época na Holanda, veio a inspiração em forma de pergunta: o que aconteceria se o filósofo do “cogito ergo sum” – penso, logo existo – viesse também para o Brasil?

A realização do Ciclo de Leitura de sua obra mais complexa é uma homenagem ao aniversário de Paulo Leminski, comemorado no dia 24 de agosto. O ciclo é destinado a jovens e adultos e o mediador tem dissertação de mestrado sobre o “Catatau”.

Teca afirma que a Casa da Leitura Paulo Leminski promove a leitura orientada do romance experimental “Catatau”, de Paulo Leminski, a fim de “ministrar algumas clareiras, peremptoriamente negadas pelo autor”. O termo ministrar clareiras é do próprio Leminski, no texto de abertura da obra: “Me nego a ministrar clareiras para a inteligência deste catatau que, por oito anos, agora, passou muito bem sem mapas. Virem-se”.

O mediador diz que “se propõe a abrir esses espaços para o entendimento do texto, para que o público leitor possa fruir o prazer da leitura dessa obra tão polêmica”.

Serviço: Roda de Leitura|”Catatau”, de Paulo Leminski. Com: William Teca. Classificação: 13 anos. Data: 25 de agosto. Horário: 10h30. Local: Casa da Leitura Paulo Leminski (em frente ao Terminal do CIC). Ingresso: Gratuito. Informações:3212-1402

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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