A amante argentina

MAURÍCIO MACRI, presidente da Argentina, em debate no qual atribui os problemas da economia de seu país ao governo anterior, de Cristina Kirchner. Macri pode perder a eleição – e talvez a mulher. A frase machista pode tirar-lhe centenas de milhares de votos. Esse clichê de mulher gastadora é injusto. A menos que se fale da famosa “amante argentina” do tempo de nossos avós.

Aqui no Insulto temos o grupo de apoio, Gastadores Compulsivos’, gente casada, amigada ou em união estável. Todos com cartões de crédito confiscados pelas mulheres. Vai do Fatiotinha ao Pintacuda. Do primeiro, penduricalho de grifes, a mulher, frugal e oriental, vendeu metade do guarda roupa no brechó. O outro, em espiral de gastança, acumulava seis automóveis parados; despesa sem prazer.

A mulher do Pintacuda foi a inspiradora do grupo: na primeira intervenção em três dias vendeu os carros e saneou as finanças. O grupo reúne-se uma vez ao mês para beber cerveja e comparar extratos bancários. Quem tiver mais dinheiro sobrando não paga a sua conta. Como vivem da mesada que a mulher entrega, o que recebe menos ganha o prêmio Papagaio de Coleira. Ah, sim, o dinheiro da cerveja é entregue, contadinho, pelas mulheres.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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