A mãe do monstrinho

A bancada bolsonária anda tão ridícula que Alexandre Frota, também dela, parece parlamentar inglês. Primeiro ele, que após ofender Túlio Gadelha, o namorado de Fátima Bernardes, procurou o agora colega de câmara federal para se desculpar. E suas recentes intervenções nos debates, ressalvados cacoetes ditados pela inexperiência, foram relativamente equilibradas. Parece que quer também prevenir-se do pornô da política.

Depois os outros, dois são suficientes, como a deputada pontagrossense eleita por São Paulo, que madrugou no protocolo da câmara para ter a primazia do primeiro projeto de lei, o PL 1/2019. Perdeu a lavada do pescoço, como se diz na capital cívica do Paraná: alguém tinha chegado antes. Sem contar o exorcismo de Lula, que fez em seu gabinete com rabino e pastor, um negócio puxado para o brega.

E tem o deputado que protocolou projeto de lei para proibir a comercialização de anticoncepcionais. Pegou mal, retirou o projeto em seguida. Mas olhando a foto do pesselista deu para entender a razão do projeto: tão feio, tamanha cara de tolo, que sua lei seria homenagem à mãe, que não usou anticoncepcional durante, nem ingeriu a pílula, no dia seguinte ao da transa em que fecundou do monstrinho.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em Rogério Distéfano - O Insulto Diário e marcada com a tag , , . Adicione o link permanente aos seus favoritos.
Compartilhe Facebook Twitter

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.