A porta e a voz

Rogério Distéfano – O Insulto Diário

Ítens pessoais do ex-presidente Lula teriam sido furtados na Polícia Federal depois de sua prisão. A informante, senadora presidente do PT, Gleisi Hoffmann, detalha sem mais detalhes: roupas e o passaporte. Esqueçamos, embora não estranhando, a questão do passaporte: o que fazia o passaporte na bagagem do homem que se entregou à polícia, que fez profissão de fé de não fugir do Brasil?

Questão de alta indagação: seria resgatado pelos senadores e companheiros do exército do Stédile, Roberto Requião naquele alazão que o derrubou e o encheu de barro até as fuças? Lula conduzido à Venezuela, para os braços de Nicolás Maduro? Ou ao alfaiate de Evo Morales, o cara que fez o dolmã de nosso messias? Tantas dúvidas, onde a realidade, onde a ficção apologética, a crônica da fé cega e imorredoura?

Quais objetos pessoais de Lula? A camisa do Coringão, a lixa de unhas sem a qual não vive, o chocolate que lhe dá consolo noturno, quem sabe a fonte da ideia não humana, a 51 Pirassununga? Gleisi Hoffmann, porta voz e companheira, não nos obsequia com as informações. Correm os dias na masmorra de Curitiba e Lula não percebe que precisa urgente de uma voz, não de uma porta, que porta-voz é coisa diferente.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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