Abraham Weintraub, aquele

O ministro Abraham Weintraub ficou em silêncio em seu depoimento à Polícia Federal nesta sexta-feira. Dizem que em combinação com o Planalto ele optou por não falar nada. O assunto é a ameaça feita naquela famosa reunião, quando afirmou: “Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”.

O ministro resolveu fazer uso do direito constitucional de ficar calado, um direito que, cá pra nós, ele deveria usar mais vezes no dia a dia de Brasília, pois assim daria mais tranquilidade ao país. Já basta o Bolsonaro azucrinando o Brasil todos os dias.

Bem, de qualquer modo, foi uma decisão sensata fechar o bico. Um desenvolvimento do assunto poderia trazer mais complicações, tratando-se do inacreditável ministro da Educação, que se expressa de forma tão destrambelhada que é capaz de arrumar encrenca com a comunidade judia e até com o governo de Israel quando presta uma simples solidariedade a conhecidos seus visitados pela polícia em busca de provas sobre fake news.

O ministro parece uma derivação daquele outro bagunceiro, o animador de auditório Chacrinha, que entrava em cena dizendo de forma professoral: “Eu não vim aqui para explicar, eu vim aqui para confundir”. Com Weintraub a lição é ampliada: quando ele explica confunde ainda mais.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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