Acabou, porra

BOLSONARO ainda encarna um Floriano Peixoto. O segundo presidente enfrentou resistências no governo, algumas no STF, que insistia em conceder habeas corpus aos oficiais generais que ele mandava prender. Um dia Floriano se encheu, aposentou alguns ministros e, para aliar a ofensa ao xingamento nomeou um médico para ministro do STF.

Floriano, homem duro, temperado na Guerra do Paraguai, um dia explodiu. Não disse “acabou, porra”, como o sargento de milícias que ora governa o Brasil. Disse, “daqui a pouco quero ver quem vai conceder habeas corpus aos ministros do STF”. Pelo jeito não será necessário: os ministros logo roem a corda, com medo de nosso Mussolini.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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