Aleluia, Gretchen

Aleluia, Gretchen é um filme brasileiro de 1976, dirigido por Sylvio Back e direção de fotografia de José Medeiros, com coprodução e distribuição da Embrafilme. Apesar dos personagens principais serem alemães, o filme é todo falado em português. O tema de abertura é “A Cavalgada das Valquírias” de Wagner, utilizada como um hino nazista e com arranjos distorcidos na interpretação do grupo “O Terço”, que lembra o hino norte-americano tocado por Jimi Hendrix.

O filme conta a saga de uma família que foge da Alemanha nazista por perseguição ao pai, o professor Ross, que é defensor da liberdade de opinião. Desembarcam no Sul do Brasil por volta de 1937 onde vive uma colônia alemã e adquirem um hotel com o dinheiro de Lotte, a mãe, que continua admiradora dos nazistas e permite que o filho volte para lutar do lado deles quando começa a Segunda Guerra Mundial. A filha mais velha, Heike, chegara grávida e abandonada pelo marido, um oficial da SS, e sofre de desequilíbrios mentais e traumas. Os novos proprietários são recepcionados por criados igualmente imigrantes (o filho Werner é líder da “juventude nazista” formada pela colônia alemã da região) e adotam Repo, um ajudante negro sem família. Um dos hóspedes é Aurélio, um integralista e antigetulista que de imediato simpatiza com a família recém-chegada. Com a derrota dos nazistas na guerra, a família, os empregados alemães e Aurélio passam a sofrerem hostilidades e desconfianças da população e do governo local. Em 1955, chegam ao hotel refugiados alemães vindo da Argentina. Eurico, um caixeiro viajante provavelmente judeu que casara com outra filha de Lotte, Gudrun, acha que eles trouxeram ouro e tenta se aproveitar da situação.

Quem procurar, acha.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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