Apenas um número

“Estamos chegando ao número de 100 mil mortos. Vamos tocar a vida.”
Jair Bolsonaro, presidente da República, na semana.

Já superamos o “número” de 100 mil mortos – a cota é de 2 mil ao dia. Número: é isso que a pandemia representa para Bolsonaro. A prova cabal de sua indiferença. Apenas um número, uma cifra. As perdas humanas não tocam a sensibilidade do presidente – ele não tem solidariedade humana.

Para Bolsonaro a pandemia e os mortos não passam de estorvos à sua reeleição. Se ninguém se choca com esse discurso, perdão, está igualmente embotado, incuravelmente contaminado pelo vírus bolsonaro. Bolsonaro, lava as mãos, propõe “tocar a vida”, não tem nada com isso.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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