Arte é intriga (Millôr Fernandes)

O Espaço Cultural 42 tem o prazer de convidá-lo para a Exposição Tempo Verbo Vida Arte. Uma exposição de motivos de Rones Dumke e Otávio Duarte

 Rones Dumke – Baseado no texto original de  Nilza Knechtel Procopiak.

Rones Dumke, um dos artistas plásticos mais representativos das décadas de 70 e 80, na contra-corrente dos turbulentos acontecimentos da época, já destacava o poder de uma visão artística exculsivav e individual. Tendo estudado com Carlos Scliar, logo escapou da influência deste artista e desenvolveu uma linguagem das mais expressivas na figuração. Uma atmosfera de sonho esteve presente em seus desenhos, demonstrando sua busca por um mundo da imaginação, onde existiriam seres perfeitos. Rones é um artista que propõe enigmas em sua obras. Nelas há sempre algo de misterioso, de não revelado. Ele é uma espécie de mago que nos mostra uma arte figurativa que utiliza códigos, charadas, que se referem primeiramente a ele próprio, à sua visão pessoal.

Mas como o artista é generoso, ele dá a conhecer um pouco do mitério que habita em cada uma de suas obras, compartilhando conosco parte de suas proposições artísticas.Em sua obra, e lá se vão mais de 35 anos de trabalho, está sempre presente uma espécie de dualidade, da presença de opostos. Assim, sua arte figurativa esconde paradoxalmente a oposição, o oposto do figurativo, ou seja, o abstrato.Igualmente, ao mesmo tempo em que sua arte é hermética, apresentando s´mbolos, significados ocultos, também é obra aberta, no sentido colocado por Umberto Ecco. Assim, cada proposição do artista colocada em forma de arte é um desafio para ser solucionado pelo fruidor. E a obra aberta permite que cada qual encontre seu próprio significado, decifre sua própria mensagem, de acordo com o repertório individual que carrega.

Abertura: Dia 31 de maio de 2012 às 20h – Conversa com Rones Dumke e Otávio Duarte. Local: Espaço Cultural 42 – Shopping Novo Batel. Ana Claudia Xavier – organizadora. Apoio: Shopping Novo Batel

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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