Beto Richa apanha adoidado

A única certeza do início da campanha eleitoral no rádio, TV e nos Faces da vida é que o ex-governador Beto Richa vai levar mais cacetada do que professor do Paraná em manifestação do Centro Cívico.

Até o ex-senador Flávio Arns, durante debate na Gazeta, com aquele tom de voz de sacerdote germânico-paroquial, foi no fígado de Beto Richa. Responsabilizou-o pela decadência da educação no Paraná. E Arns foi aliado, vice-governador e… secretário da Educação no primeiro governo Beto.

Os três candidatos ao governo não deixam por menos. O emedebista João Arruda como era de se esperar, diz a verdade como se fosse ofensa, afirmando que seus adversários Cida Borghetti e Carlos Ratinho sempre estiveram “assim ó” com o Beto. E o pior (para Beto) é que os dois aliados no governo se ofenderam e até foram à justiça eleitoral pedir que João Arruda se calasse. A justiça negou o pedido, mas doeu. Ingratidão na veia.

Vice não toma decisões, se desculpam Cida Borghetti e Flávio Arns, para deixar claro que nada têm a ver com os dois governos anteriores. E Carlos Ratinho fez pior: diz que realizou o maior programa de obras nos municípios do Paraná como se a secretaria de Desenvolvimento Urbano fosse um órgão do governo da Finlândia.

Se os aliados se comportam assim, imaginem o que vem por aí a partir de agora. Beto Richa está no mato sem nenhum “bichon frisé” branco, chamado Hugo Henrique, pra espantar as raposas ardilosas da campanha eleitoral.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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