Bixiga 70 e Lucas Santtana em uma homenagem à obra setentista de Gilberto Gil

A importância da obra de Gilberto Gil para a cultura brasileira é inquestionável. Em homenagem a esse grande artista, os shows dos dias 14 e 15 de novembro contam com a união de dois destaques da música nacional, Lucas Santtana e Bixiga 70. Juntos apresentarão, no Teatro do Sesc Vila Mariana, músicas do repertório de Gil gravadas ao longo dos anos 70, período no qual o compositor se alimentou de varias referências, entre ritmos africanos, jamaicanos e latinos.

No show, canções como Refazenda, Realce, Lugar Comum e Abra o Olho ganham novas versões, impulsionadas pelo swing afro-pop dançante da banda Bixiga 70 e pelo vocal marcante de Lucas Santtana, o qual tocou flauta na banda de Gilberto Gil por três anos e foi convidado para gravar o antológico disco Gilberto Gil Acústico MTV em 1994.

Sobre o homenageado

Nos anos 60, ele e seus colegas do movimento Tropicalista criaram não somente um material artístico de alto nível e radicalmente inovador, como também conduziram grandes transformações na nossa sociedade, inspiradas pelos questionamentos da contra cultura. Incorporando a cultura pop aos gêneros nacionais, criando parentescos entre o folclore e a música erudita, o tropicalismo de Gilberto Gil encontrou perfeita correspondência ideológica com sua época. Profundamente crítica sobre os atrasos políticos e morais, a sua proposta artística acabou sendo reprimida pelo regime militar.

Obrigado a deixar o país, Gil foi exilado em Londres, onde gravou um disco ao vivo, em inglês, Gilberto Gil -1971. No ano seguinte voltou ao Brasil e gravou, ao lado de Caetano Veloso, o disco Barra 69. No mesmo ano, grava seu antológico Expresso 2222.

Ainda no início dos anos 70 lança Gil e Jorge, (com Jorge Ben Jor), Os Doces Bárbaros, (com Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia), e a trilogia conceitual: Refazenda – Refavela – Realce, em que ele mostra sua abertura estética e sua atenciosa pesquisa de ritmos e ambientes. No primeiro, um olhar ao trabalho e ao campo; no segundo, ritmos da Jamaica, da Nigéria, Rio e Bahia; e este último, gravado em Los Angeles, Gil reafirma sua opção pela música pop, que direcionaria o desenvolvimento de sua trajetória nos anos 80.

Serviço: Gil 70 – com Lucas Santtana e Bixziga 70. Dias 14 e 15 de novembro, quarta, às 21h e quinta (feriado), às 18h. Venda pelo sistema INGRESSO SESC a partir de 1/11, às 14h. Não recomendado para menores de 12 anos. R$ 32,00 (inteira); R$ 16,00 (usuário inscrito no Sesc e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino); R$ 8,00 (trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes). Estacionamento: R$ 3,00 a primeira hora + R$ 1,00 a hora adicional (matriculados no Sesc). R$ 6,00 a primeira hora + R$ 2,00 a hora adicional (não matriculados). 200 vagas. Bilheteria: Terça a sexta-feira das 9 às 21h30, sábado das 10 às 21h30, domingo e feriado das 10 às 18h30 (ingressos à venda em todas as unidades do SESC). Aceita-se todos os cartões.

Sesc Vila Mariana. Rua Pelotas, 141. Informações: 11-5080 3000. 0800-118220. Teatro do Sesc Vila Mariana. São Paulo|SP.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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