Bolsonaro, o demolidor de regras e leis

Já vão aparecendo os maus resultados da irresponsabilidade do presidente Jair Bolsonaro com seu discurso continuado contra regras de controle e leis que punem infratores. Já ficou claro o estímulo negativo das falas de Bolsonaro, com os problemas criados pela falta de atenção e controle do governo sobre o desmatamento e queimadas de florestas, além de outros problemas dramáticos ligados ao meio ambiente, que nos últimos meses causou um sério estrago na imagem internacional do nosso país.

Um prejuízo grave vem sendo criado pelo governo Bolsonaro no desmonte dos mecanismos de fiscalização e controle do governo em vários setores da vida nacional, anulando inclusive leis importantes que afetam a segurança e integridade física da população. Bolsonaro vem criando problemas terríveis para a vida das pessoas, alguns deles com a capacidade de acumular danos que já começam a pesar em algumas áreas.

Esta pode ser sua herança maldita, já que o desmonte afetará a vida dos brasileiros durante muito tempo. Uma insensatez que já traz os primeiros números negativos é a determinação recente do presidente do afrouxamento da fiscalização feita pela Polícia Rodoviária Federal. Ele chegou a ordenar o cancelamento de contratos para a instalação de radares nas rodovias federais.

Com isso, Bolsonaro como de costume libera o que há de pior nesse pessoal plenamente irresponsável que não aceita regras de respeito à convivência. Felizmente governos estaduais não foram atrás do péssimo exemplo dado pelo presidente, pois a interferência desse sujeito sem noção já pode ser sentida no número de acidentes de trânsito. Reportagem publicada pelo jornal O Globo mostra que houve uma redução de 54% nas infrações por excesso de velocidade em setembro.

O cara é tão estúpido que em meio a esta penúria econômica fez o seu próprio governo perder dinheiro. Numa comparação com o ano passado, em setembro foram aplicadas 200 mil multas a menos por excesso de velocidade em rodovias federais. Cerca de R$ 30 milhões deixaram de ser arrecadados, em verbas que seriam aplicadas no próprio setor. Enquanto as multas caíram, os acidentes cresceram, um efeito que já havia sido alertado logo que Bolsonaro começou a falar do assunto, acenando para o desmonte da fiscalização e aplicação de leis.

Segundo O Globo, o empenho de Bolsonaro em favorecer maus motoristas fez aumentar o número de acidentes graves 5,6% em setembro e 8,4% em outubro. E a tendência é que haja um agravamento do problema, conforme for se disseminando a percepção de que ninguém vem sendo multado ao colocar em risco a vida do próximo, além de sua própria segurança.

Bolsonaro é uma piada que vem acrescentar um absurdo a mais na gozação do cantor Tim Maia, que dizia que o Brasil é um país em que prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, traficante se vicia e pobre é de direita. Pois temos aí um militar contrário a regras e leis. Tim Maia iria gostar de mais esta discrepância, embora os custos de tamanha cretinice sejam muito altos, em dinheiro, perdas de vidas e sofrimento dos brasileiros.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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