Bolsonaro, seu problema de pele e outras faltas de prevenção

Na foto de Marcelo Camargo, da Agência Brasil, pode-se observar como anda a pele de Bolsonaro

Jair Bolsonaro esteve no Hospital da Força Aérea, onde passou por um procedimento dermatógico. Questionado pelos jornalistas sobre um curativo na orelha, o presidente disse que é “um possível câncer de pele”. Em fotografias de alta digitalização que costumo arquivar é possível notar que de fato a pele do rosto de Bolsonaro não está nada bem. Observem nesta imagem como está o estado de sua orelha e também o aspecto geral de toda a face. Há uns dias atrás ele apareceu com um pequeno curativo em um ponto no lado direito da cabeça, próximo da testa, que ainda dá para notar na foto.

Ainda conforme o presidente disse aos jornalistas, existe a possibilidade de câncer porque “pesquei muito na vida, fiz muita atividade”. Certamente também deixou de lado a prevenção, não se protegendo do sol e tomando outros cuidados com a pele. Bolsonaro exibe até com um orgulho besta esta falta de atenção a regras de saúde ou de prevenção em muitas coisas, o que do ponto de vista individual é um problema dele. O que é preocupante é que ele está sempre falando contra medidas de prevenção.

O assunto passa a nos interessar mais quando ele usa o cargo de presidente para espalhar seus equívocos, transmitindo à população sua visão absolutamente errada sobre riscos que afetam a vida das pessoas. Pior ainda é quando ele interfere diretamente, desmontando leis importantes, desestimulando a fiscalização e a penalização de infratores, algo que infelizmente tem feito bastante ultimamente, afetando negativamente a segurança pública, o meio ambiente e até atividades do governo ligadas ao terrível drama dos acidentes de trânsito, em níveis altíssimos em nosso país e causando tremenda infelicidade nas famílias brasileiras.

Esses descuidos com a prevenção ou mesmo com o ataque direto a problemas sérios já identificados na área da saúde humana são marcantes na geração de Bolsonaro. Alguns até se gabam disso. Não justifica a desatenção, mas dá para compreender que durante sua formação inicial não havia acesso a conhecimentos que são relativamente recentes. Muito desses equívocos costumam se instalar como regras pétreas na personalidade dos mais turrões, com o agravante de nos últimos tempos terem também o suporte de uma tola falta de compreensão do limite entre a liberdade do indivíduo e a necessária ação do Estado para evitar mortes e danos na saúde pública, que no descuido coletivo acaba gerando mais gastos no orçamento.

Essa  falta de inteligência se traveste em um liberalismo de fachada, no ataque à interferência do governo na área de alimentos, das poderosas indústrias do tabaco e da bebida, além de servir para manifestações idiotas, como as recentes de Bolsonaro falando em acabar com obrigatoriedade do uso de cadeirinha para criança nos carros e as multas contra motoristas irresponsáveis com a vida dos outros e a deles próprios.

Sendo uma pessoa que não acredita em respeito ao meio ambiente, como ele já disse tantas vezes, provavelmente Bolsonaro nunca deve levado em consideração alertas sobre o risco de exposição excessiva ao sol. Um sujeito que até hoje não aceita que alta velocidade causa acidentes de trânsito não deve ser fácil de ser convencido a colocar um chapéu e passar uns cremes no corpo antes de sair para pescar.

A consequência agora pode ser muito séria, caso esteja mesmo com câncer de pele. Sinceramente, tomara que não seja algo tão grave. Mas de qualquer forma, a ocasião é oportuna para uma mudança de comportamento de Bolsonaro, que deveria esclarecer melhor as pessoas sobre prevenção e maiores cuidados com a saúde. Ou que pelo menos o presidente pare de passar para a população, especialmente aos mais jovens, o monte de baboseiras de costume, que no final só servem para gerar dores e sofrimento.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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