Cândido de março discute o legado de Nelson Rodrigues

O legado do jornalista, escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues (1912-1980) é tema da edição de março do jornal Cândido, editado mensalmente pela Biblioteca Pública do Paraná. Morto há 38 anos, o autor deixou uma obra desafiadora, instigante e atualíssima. Alvaro Costa e Silva, o Marechal, assina dois textos a respeito da produção rodrigueana, fazendo uma síntese do trabalho de Nelson a partir do ponto de vista de autores e intelectuais brasileiros e uma relação de montagens, edições e traduções da obra do autor. O especial ainda traz duas páginas com algumas das mais polêmicas frases do escritor pernambucano, entre as quais: “Sou reacionário. Minha reação é contra tudo que não presta”. 

Na quinta entrevista da série “Os Editores”, João Varella conversou com Eduardo Lacerda, que contou sua saga à frente da Patuá. A editora independente, que em 7 anos já publicou mais de 550 títulos e conquistou alguns dos principais prêmios literários do país, tem como ponto de venda um bar, o Patuscada.

Outro destaque da edição é uma reportagem sobre a publicação de Forte apache, livro que reúne uma obra inédita e dois títulos já publicados anteriormente por Marcelo Montenegro, paulista de 46 anos. O Cândido deste mês também publica um fragmento do Roteiro Literário — Helena Kolody, de Luísa Cristina dos Santos Fontes. Projeto da Biblioteca Pública do Paraná, o livro faz parte de uma coleção em que cada título traz um ensaio e uma relação de locais frequentados por um autor paranaense já falecido

Na seção Memória Literária, o escritor e professor da UFMG Lusi Alberto Brandão escreve sobre João Gilberto Noll, morto há um ano. E a seção Cliques em Curitiba publica as curvas da capital paranaense captadas por Mariana Canet. Entre os inéditos, poemas de Bruna Kalil Othero e Marco de Menezes e um fragmento do romance Setenta, de Henrique Schneider, vencedor do Prêmio Paraná de Literatura 2017. Schneider também concedeu entrevista ao Cândido e fala sobre o seu livro, que problematiza a ditadura militar brasileira.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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