Cavalo da raça carrossel

Na cidade milenar e moderna ele viu um carrossel girando como num filme antigo ou sonho. Havia os cavalos, enormes, multicoloridos. Cada um espetado por aquela haste metálica que o sustentava e o fazia subir e descer, enquanto percorria a pista em círculo, para encanto da criança que o montava. Mas ele gostou mesmo de outro quatro patas, o que estava acima do teto -e que também girava, mas sobre o próprio eixo. Era um puro-sangue da raça dos carrosséis. Branco, como o do grande herói daquelas terras, um general baixinho e conquistador. Ele ficou olhando admirado o cavalinho e só voltou à realidade quando um menino lhe puxou a blusa para chamar atenção. Não era conhecido. Ele olhou em volta e não viu ninguém que identificasse como parente. O menino disse que queria subir no cavalinho. Ele perguntou em qual deles. O menino apontou o que pairava acima de todos. (Cabeça de Pedra)

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em Cabeça de Pedra, Cartunista, Cavalo da raça carrossel, Don Suelda del Itararé, nora drenalina, roberto josé da silva, solda, solda cáustico, zé beto e marcada com a tag , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . Adicione o link permanente aos seus favoritos.
Compartilhe Facebook Twitter

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.