Uma surpresa na Lua

No ano da graça de 2019, completar-se-á 50 anos que o homem terrestre colocou os pés na Lua. Antecipando-se às comemorações do feito, o diretor Damien Chazzele, de apenas 33 anos, nos oferece “Primeiro Homem”, produção cinematográfica roteirizada por Josh Singer (que já nos dera os jornalísticos “Spotlight” e “The Post”), com base no livro de James R. Hansen.

Não sou crítico de cinema, mas garanto: é uma pequena obra-prima cinematográfica, que não faz a apologia da façanha espacial americana, mas centraliza a câmara, quase sempre em primeiro plano, na vida pessoal e emocional do tímido e introvertido Neil Armstrong, através de tomadas claustrofóbicas, primorosa montagem e belíssima trilha sonora. Está aí um filme que vale o ingresso.

Dito isso, é de se lamentar que Chazzele e Singer não tenham podido contar o que realmente aconteceu quando da chegada da Apollo 11 na Lua.

“Um pequeno passo para o homem, mas um gigantesco salto para a humanidade”, proclamou Armstrong, ao assentar o pé no solo lunar. O coração do comandante batia 150 vezes por minuto. Mas essa pulsação logo se aceleraria mais ainda, pois uma espantosa surpresa, de igual ou maior dimensão, estava preparada para os jovens astronautas na árida paisagem do Mar da Tranquilidade. Eles não estavam sozinhos. Ou por outra: alguém havia chegado antes deles.

Apollo 11: — Oh, meu Deus!… Eles estão aqui!… E são enormes!… Esses “bebês” são enormes!…
Houston: — O que foi, Apollo 11? Que diabo foi…?
Apollo 11: — Não… Não… Não é nenhuma ilusão de ótica nem distorção… Oh, meu Deus!… Ninguém acreditaria nisso!…
Houston: — Que… que está acontecendo com vocês?… Que diabo ocorre…?
Apollo 11: — Eu lhes digo… Há outras naves espaciais aqui, alinhadas na borda da cratera!… Estão na luz… só observando!… Estão sobre a superfície!…
Houston: — Controle chamando Apollo 11…
Apollo 11: — Roger… Roger… Estamos bem aqui… Mas encontramos alguns visitantes. Eles estão aqui já há algum tempo, a julgar pelas instalações…
Houston: — Missão central falando. Confirme a última informação…
Apollo 11: — Estou lhe dizendo que aqui há outras naves espaciais… Estão alinhadas em fila, do lado mais distante da cratera…
Houston: — Repita… Repita…
Apollo 11: — Examinaremos a órbita… Queremos voltar para casa… Em 625 e um quinto. O relógio automático está colocado. Minhas mãos tremem de tal forma que não consigo…
Houston: — Filmar?…
Apollo 11: — Diabo! É assim… As condenadas câmeras estão funcionando mal aqui em cima…
Houston: — Vocês conseguiram alguma coisa, rapazes?…
Apollo 11: — Não temos mais filmes agora… Temos apenas três tomadas dos ufos, ou o que quer que sejam… Mas podem estar veladas…
Houston: — Missão… Controle. É o controle da missão. Estão para partir? Repita… Vocês estão para ir embora?… Que significa toda essa agitação?… Por que cenas de ufos?… Expliquem…
Apollo 11: — Estão pousados aqui!… Estão na Lua, nos observando!…
Houston: — Obtenham fotografias… Todas as fotografias possíveis… Vocês estão filmando?…
Apollo 11: — Sim, os espelhos estão todos no seu lugar… Mas esses seres podem vir amanhã e levá-los embora… Seja qual for a sua forma, aquilo eram naves espaciais… Não há dúvida…

Esse diálogo foi mantido entre os astronautas Neil Armstrong e Edwin Aldrin e o Centro de Controle da NASA, em Houston, no Texas, EUA. A transmissão era vetada aos meios de comunicação, mas foi captada por um grupo de radioamadores, através de sofisticados equipamentos. O jornal The Washington Post publicaria a transcrição da conversa que, algum tempo depois, acabou sendo ratificada por Otto Binder, membro da equipe espacial da NASA, e pelo diretor Christopher Craft, quando este deixou a agência.

De todo modo, a missão Apollo 11 não teria sido a única a defrontar-se com objetos voadores não identificados no espaço. Praticamente todas as anteriores e posteriores tiveram experiências semelhantes. Mas isso já é assunto para outra conversa. Fica, porém, uma indagação final: por que será que americanos e russos, de repente, cancelaram todos os projetos para a Lua e nunca mais foram lá?

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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