Chega de embuste

De repente, uma mulher vestindo uma camiseta com a estampa do rosto de Marielle Franco, a vereadora do Psol, assassinada no Rio de Janeiro em março de 2018, surge num canto das manifestações pró-Bolsonaro na tarde deste 26 de maio na Avenida Paulista, em São Paulo. Seu nome é Dinah Caixeta e contou a jornalistas que saía de uma reunião no alto de um dos prédios da avenida sem saber o que se passava cá embaixo…

Foi hostilizada e expelida da avenida por manifestantes, registraram algumas mídias, entre as quais a Folha de São Paulo e a Globonews.

Circulando depois nas redes sociais como exemplo do caráter “facistóide das franjas bolsonaristas”, o incidente, único em todas as manifestações de apoio às reformas e ao governo realizadas de norte a sul do Brasil, é uma síntese preciosa do estado de espírito das milhares de pessoas que apoiam Jair Messias Bolsonaro…

SEM MAIS MENTIRAS

Elas não apoiam assassinatos e fuzilamentos ou justiçamentos (para usar um termo apreciado pela esquerda), mas também não estão mais dispostas a engolir fraudes e mistificações, as grandes características do Caso Marielle.

Na certeza de que a massa ignara ainda compra um produto pela embalagem, embalaram o cadáver da vereadora com estética, perfeição e certas sutilezas indecentes.

Marielle, segundo o perfil propagado exaustivamente pela Rede Gobo, que funcionou como uma espécie de porta-voz do Psol, é uma jovem militante de esquerda, autêntica, defensora da causa LGBT (era homossexual) e dos direitos humanos! Foi assassinada (sutileza indecente) pelas milícias, que por sua vez “são apoiadas por Jair Messias Bolsonaro e seus filhos”.

Essa Marielle que foi apresentada ao Brasil é uma grande farsa, portanto!

E A VENEZUELA?

Como pode uma “autêntica defensora dos direitos humanos” pertencer a um partido, o Psol, que apoiou e ainda apoia o regime de Maduro, na Venezuela, apontado hoje como um dos maiores transgressores dos direitos humanos no mundo, um regime que mata, tortura, enjaula em presídio subterrâneo na malha urbana de Caracas meninos de 18 a 21 anos, cujo único “crime” foi sair às ruas para protestar contra o governo ?

A verdadeira Marielle – e o verdadeiro Psol – começaram a aparecer a menos de um ano após o assassinato, pouco antes do carnaval deste 2019, quando eclodiu o desentendimento entre a família – pai, mãe e irmãos – e a “viúva” Mônica Benício pela disputa do espólio político e material da vereadora.

De caráter no mínimo volúvel, Mônica Benício não aceitou dividir com a família o protagonismo da perda. Ela chamou para si os holofotes e rechaçou a família…

EM DUAS ESCOLAS

Pai e mãe desfilaram na Unidos de Vila Isabel e Mônica desfilou sozinha na escola-campeã, a Mangueira, cujo enredo homenageava Marielle, sem se importar que essa escola tem um longo envolvimento com o tráfico e a contravenção.

Para se ter uma ideia das implicações, quando a Estação Primeira de Mangueira entrou no Sambódromo para homenagear a vereadora – noticiou a Gazeta do Povo – seu presidente, o deputado estadual Francisco Manoel de Carvalho, o Chiquinho da Mangueira (PSC), cumpria prisão domiciliar desde janeiro, por decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça, o ministro João Otávio de Noronha.

Antes disso, estava preso, desde novembro, acusado de movimentar, utilizando contas suas, de sua mãe e da própria Mangueira, R$ 3 milhões advindos do pagamento de propina.

Esta não é a primeira acusação que recai sobre a Mangueira, com um longo histórico de envolvimento com o narcotráfico…

DESAVENÇAS

Alegando ser a legítima herdeira de Marielle, a família reagiu e começou a aumentar o tom da voz. Aí entra o solerte comando do Psol para evitar que a exploração política do cadáver se tornasse em escândalo.

Parlamentares do Partido, Marcelo Freixo entre eles, conseguiram um pixuleco de 300 mil reais para calar a boca da família…O interessante é saber de onde veio o dinheiro: veio da fundação Open Society, de atuação mundial…

Ainda mais interessante é saber quem patrocina a Open Society: não caiam de costa, mas quem fundou e banca essa fundação é nada mais nada menos que George Soros, ele mesmo, o magnata sempre disposto a financiar o socialismo corrupto em todos os continentes do planeta terra.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em Dirceu Pio - O Sobrevivente e marcada com a tag , , . Adicione o link permanente aos seus favoritos.
Compartilhe Facebook Twitter

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.