Comel do amor ao amador

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Arquivo Tribuna do Paraná

Nelson Comel não morreu, como foi anunciado hoje, porque o esporte amador em Curitiba jamais morrerá. Traduza-se esporte amador para Suburbana, como se chama o futebol que, apesar do crescimento da cidade, do fim dos campos transformados em conjuntos residências, praças ou prédios de bacana, sobrevive porque paixão. Quando aqui cheguei ele já era um veterano venerado com seu espaço nas páginas da Tribuna do Paraná. Trabalhou até o fim e, nos poucos contatos que tivemos, me ajudou a entender um pouco da história dos times que estão aí até hoje e que revelam alguns talentos e recebem outros, do profissional, que penduraram as chuteiras mas precisam entrar em campo para viver as mesmas emoções dos grandes estádios. Isso porque, resumindo, a bola é a mesma, assim como o amor pelo próprio talento. Comel tinha essa paixão que alimentou sua vida e a de várias gerações de leitores. Foi através do jornalista, se minha memória não está falhando demais, que conheci, há muito tempo, a Nona Pina, saudosa torcedora símbolo do Ipiranga – e disso resultou uma longa reportagem publicada na revista Placar. Comel virou nome de torneio, homenagem em vida mais que merecida pelo que fez. Agora, descansa – mas estará presente para sempre em todos os jogos da Suburbana. Para reforçar e rimar amor com esporte amador.  (Zé Beto, o desblogado)

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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