Conta do vigário

O PRESIDENTE quer acabar com o ensino de sociologia e filosofia e dar prioridade ao ensino técnico-científico, que para ele gera riquezas. Mais matemática, menos masturbação metafísica, precisamos saber “fazer conta”, segundo o Capitão. Nada de Malba Tahan, que ensinava matemática e iluminava nossa imaginação.

Nem tanto às catacumbas, nem tanto ao paraíso: o Brasil ficou conhecido no mundo com Santos Dumont, Cesar Lattes, Villa Lobos e Gilberto Freyre, para citar dois cientistas, um artista e um sociólogo. Sem falar de Paulo Freire, que o analfabetismo da direita critica sem nunca ter lido. Ou de Josué de Castro, um perigosíssimo geógrafo.

As ideias ainda nos levam às cavernas. Remetem à ditadura Costa e Silva, evocam as reforma do ensino e o convênio MEC-USAID, agência do governo norte-americano, quando mandou para o lixo o ensino de latim e francês e impôs a pseudo ciência da educação moral e cívica. E continuamos sem saber “fazer conta”.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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