Devolvam nosso karma

Rogério Distéfano – O Insulto Diário

Lula continua preso, o Movimento dos Sem Presidente continua acampado nas redondezas da Polícia Federal. Ontem à tarde João Pedro Stédile, o comandante do exército de Lula, corria apressado para tomar o avião no Afonso Pena, onde momentos antes embarcaram para Brasília os deputados Rúbens Bueno e Luiz Carlos Hauly.

A normalidade dentro de nossa anormalidade. Hoje ainda não pipocaram sandices gleisianas nem rompantes dos supremos bolorentos. Lula pode ir para quartel, foi comandante-chefe das Forças Armadas, sonho e delírio petista de mais uma noite de outono ao relento de Santa Cândida, os líderes confortáveis nos hotéis pagos pelo Estado.

Porque Lula não seguirá preso, pois nunca antes na história desse país um presidente mofou na cadeia. Nem Lula, que será sempre o melhor presidente, irá inaugurar o ciclo histórico. Porque prender Lula implica não só sacrilégio como perigoso precedente: não terão sossego os saqueadores do Brasil, quietos e confortáveis em mandatos e prebendas.

Curitiba amanheceu calma, excetuados os assaltos, pois a Polícia Militar se ocupa de lulistas e ignora os punguistas – em expressivos casos a mesma coisa. Curitiba quer de volta sua placidez kármica. O destino acidental de sediar a República da Lava Jato trouxe o de sediar a República Popular do PT, Gleisi Hoffmann no destino acidental de presidenta.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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