Diário da crise CXXXIV

O funeral de John Lewis nos Estados Unidos, de certa forma, mostrou a importância do movimento contra o racismo e por uma sociedade mais fraternal nos EUA.

Três ex-presidentes falaram, dois democratas, Obama,Clinton  e Bush. O discurso de Obama, aplaudido de pé, ressaltou que Lewis era um dos pais de um EUA  justo e fraternal que surgiria nos Estados Unidos, mesmo se esse pais aparecer só daqui a séculos.

O texto de Lewis, publicado no New York Times confirma isso quando diz que a democracia não é algo estático, depende da construção permanente e cada geração tem a sua  própria responsabilidade.

Destaco isso porque acredito ser de um valor universal para todos os países que vivem uma democracia. É uma suposição equivocada achar que  não há nada a fazer, que a democracia se perpetua por si própria.

Os retrocessos estão aí, a começar pelos Estados Unidos, passando por toda uma série de países onde o regime democrático é colocado em questão por governos com inclinações autoritárias.

Com essas ameaças ao youtuber Felipe Neto creio que o tema de fake news e injúrias, que ja me ocupou no artigo escrito ontem, vai me ocupar também na tevê.

Tenho lido sobre o tema. Terminei o livro da Patricia Campos Melo, A Máquina do Ódio, e pretendo terminar O Discurso da Estupidez, do psicanalista Mauro Mendes Dias.

No dia 6, participo de uma live com Afonso Borges e o escritor Giuliano Da Empoli, autor de Arquitetos do Caos.

É um tema difícil esse de redes sociais. O STF quer cassar contas de Bolsonaristas no exterior. O FaceBook e o Twitte resistem.

O Face já derrubou contas inautênticas. Mas quando se trata de uma conta assinada pela pessoa real, ela é responsavel pelo que diz.  Assim como somos responsáveis pelas nossas palavras no diálogo público. E nem por isso, quando dizemos algo gravemente equivocado, a pena é cortar a nossa lingua.

Sexta feira cinzenta e com chuvas por aqui. Comprei até um guarda chuva, utensíllio que estava em falta em nossa casa. Mas a previsão para sábado e quase toda a semana que vem é de sol. O guarda chuva será apenas um objeto no armário, espero.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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