Diário da crise LII

Um dos assuntos do dia foi o vídeo em que Bolsonaro ameaça Moro de demissão.

Falei dele num podcast matinal e comentei à noite na tevê. Sempre considerei o vídeo algo interessante, porque ele nos deixa formar uma opinião própria sobre o que aconteceu.

Segundo quem o viu, Bolsonaro ameaça Moro de demissão. Temia que sua família ou mesmo aliados tivessem problemas no Rio. Falou tudo muito claramente.

Dito assim, configura tentativa de interferência política na Policia Federal. Vou esperar a divulgacão do vídeo para analisá-lo em detalhes.

Durante tanto tempo afirmei sua importância, não tem sentido esgotar o tema antes de vê-lo. Afinal o vídeo é importante porque todos teremos a chance de vê-lo e os próprios comentaristas serão julgados por suas opiniões e análises.

Aliás desde o principio afirmo a importancia do vídeo porque ele nos dá uma ideia da reunião do conselho de governo. É um documento da história contemporânea.

A transparência é boa também porque não somos crianças. Temos condições de analisar o que se passa no governo, sem mediações.

Falaram em destruir o video. Seria um atentado à história. Documentos como esse pertencem ao estado brasileiro e serão consultados por pesquisadores do futuro.

Hoje foi um dia de muito trabalho. Fiz podcast, entrevista, escrevi um longo artigo para o Estadão, comentei na tevê e ainda tomei um curto banho de sol.

Esse sim foi um grande momento. O sol de outono é muito suave. Os meninos, aliás bem grandinhos, gritavam e corriam pela rua atrás de suas pipas.

Confesso que os invejei, perdidos ao olhar aquela forma de papel colorido contra o céu azul.

Não havia como sentar, tomei sol encostado num poste defronte ao nosso prédio. Uma mulher de máscara se aproximou e pediu para fazer uma foto. Espero que não diga que quebrei a quarentena. Foi apenas um solzinho e aquela gritaria em torno das pipas.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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