Diário da crise

Hoje comentei uma notícia interessante na tevê. Um comandante da Gol chamou pelo nome alguns passageiros do voo Rio Manaus. Pediu que ficassem de pé e explicou aos passageiros que eram funcionários da saúde que iria ajudar os doentes no Amazonas. Era apenas um grupo no avião. Mas representava 267 pessoas, 34 médicos e 115 enfermeiros entre outros.

Fico feliz mostrando o vídeo. Alguns funcionários de saúde são hostilizados nos transportes públicos. Enfermeiras foram agredidas quando faziam manifestação pacífica diante do Palácio do Planalto.

Essas pessoas merecem mais do que palmas mas condições dignas e seguras de trabalho.

Pela manhã, gravei o podcast semanal. O tema foi a escolha do novo diretor da Polícia Federal e a manobra de Bolsonaro para tirar o diretor da PF do Rio, seu velho sonho.

Bolsonaro elevou o Superintente caído no Rio ao segundo cargo em importância na PF. Só que não tem nenhum papel em investigações. Isso é o que chamamos cair para cima.

Bolsonaro disse a Moro que o inquérito sobre aquela manifestação diante do QG do Exército era mais uma razão para trocar o superintendente da PF. Isto significa que havia uma razão anterior e muito forte: trocar a PF do Rio.

Foi preciso derrubar Moro e Valeixo para chegar ao Rio e trocar o diretor. Deve haver uma razão muito forte, possivelmente ligada às milícias pois quase tudo aqui acaba desaguando nelas.

Fique impressionado com uma notícia de Utrecht. Cientistas isolaram um anticorpo humano que bloqueia a entrada do coronavírus no organismo. Eles já trabalhavam com os anticorpos eficazes no SAR. E encontraram esse que funciona contra o coronavírus.

Não tenho condições de prever o alcance dessa pesquisa. Imagino que seja possível estimular o aumento desse anticorpo. Se isso for possível, é melhor do que remédio ou quem sabe melhor do que vacina.

Mas é apenas um palpite leigo. As pesquisas vão continuar. E continuarei seguindo esses passos, na esperança de que acabaremos vencendo o coronavírus. Ou pela produção de anticorpos, por um antiviral ou pela vacina. Por enquanto, tudo que temos são máscaras e álcool gel. O coquetel de remédios usado hoje tanto os antivirais como os anticoagulantes ainda são uma modesta defesa.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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