É muito difícil amar em comum, odiar é uma facilidade

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Foto Café Filosófico

Na minha experiência como professor, as salas de aulas são divididas em grupos incomunicáveis e mutuamente hostis, que se agrupam por renda, forma física, melanina e opção sexual. Não se falam, não se gostam riem quando um entra e debocham um dos outros.

Eis que um professor da nota baixa e se torna um inimigo de todos, imediatamente as panelas de pressão rompem o lacre e todos dão as mãos contra aquela besta do apocalipse que os prejudicou;  um emenda a fala do outro, porque agora eles tem o que odiar em comum. E tendo alguém para odiar em comum nós somos todos irmãos.

É muito difícil amar em comum, nós tentamos, nos esforçamos, agora odiar é uma facilidade.

Leandro Karnal

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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