Ele chegou!

do Vampiro de Dusseldorf

– O presidente Bolsonaro é intimado para explicar por que culpou ONGs pelas queimadas na Amazônia. O MP pediu e o STF tem que tocar o processo. Perda de tempo. Bolsonaro nunca sabe porque fala aquilo que fala. Ele sofre de incontinência verbal, o equivalente à ejaculação precoce que ele sentiu em João Dória.

– A ministra Teresa Cristina, da Agricultura, está em Colônia, Alemanha, onde representa o Brasil em feira internacional (cruzei com ela na Catedral). Disse por aqui que o Brasil “precisa reverter sua imagem” por causa das queimadas. Reverter a imagem é barbada: basta trocar o retrato do presidente. Qualquer outro serve.

– Jair Bolsonaro reclama que imprensa só dá notícia ruim. Um doce o nosso presidente. Se só tivesse notícia boa ele nunca seria eleito. O presidente ainda seria o general Médici, que proibia as notícias ruins.

– Os filhos de Bolsonaro podem fazer como os filhos do bilionário John D. Rockefeller Júnior para quem mandavam imprimir todos os dias uma primeira página fake do The New York Times – sempre com a boa notícia do aumento na cotação das ações da Standard Oil, a empresa da família.

– Lula pōe o dedo na frieira de Bolsonaro: o Brasil não vai pra frente enquanto seus presidentes lamberem as botas dos EUA. E lamber os coturnos de Fidel Castro e Hugo Chávez representa o quê?

– O senador Renan Calheiros, processado por Rodrigo Janot, aproveita o inferno atraído pelo ex-PGR para dizer que este “merece asco”. O asco é mais um de tantos sentimentos muito inconstantes e voláteis no Brasil. Durante bom tempo ele pairou permanente sobre … Renan Calheiros.

– Parece e é anedota de português o escândalo político recente na terrinha: a polícia do exército investigou e recuperou armas furtadas de seu arsenal. Maravilha, não? Mas foi em estilo de piada de português, tudo de comum acordo com os ladrōes, também militares. Nada a ver com o filme ‘o triste olhar do cego’ ou a música ‘poeira em alto mar’, clássicos lusitanos. É que a coisa fedeu e ameaçava a reeleição do primeiro ministro. Daí o acerto dentro do paiol, como os militares chamam os lugares onde as armas são armazenadas. Falam de português, mas se a ladroagem política e Deltan Dallagnol fizessem igual a coisa aqui ia pra frente. Os santinhos das alegações muito finais podiam devolver o dinheiro e ficar com os juros, assim como se fosse munição de fuzil português.

– Gesundheit, como dizem quando o vampiro espirra.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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