Esporte porreta

O porrete estava na vitrine de uma loja de antiguidades. Trancado a chave. Ele entrou e nem perguntou o preço. Comprou, para espanto do comerciante. De madeira, datado do início do século passado. Ele lembrou de alguns filmes do Chaplin, com o policial sempre manuseando o cassetete à espera de um erro alheio. O primeiro a quem mostrou a peça sacou logo a ironia e foi atirando: “Muito sangue deve ter banhado a sua compra”. Ele riu e pensou: se não fosse isso este animal não estaria aqui no bem bom usufruindo as benesses de uma nação civilizada. Levou então o porrete para o lugar onde coleciona armamentos. Colocou-o ao lado de uma borduna e de uma bimba de boi. Agora procura um taco de beisebol utilizado pelos italianos do Bronx. Ele gosta deste esporte. (Do blog Cabeça de Pedra)

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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