Estava nua
E nada a especular
Apenas o olhar
Tímido, conciso
E o sacrifício do amor
A língua solta
No corpo mole
E nosso norte
A embriagar
Minha pele sem ele
A ejacular
Palavras grávidas
Gravitando no luar
Fui consagrada
Endiabrada
Fui selada pelo ar
Vesti-me em espaços
A me revelar
Deixei minha alma
A contemplar
Seu olhar em meu seio
Seu meio em meu caminhar

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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