Encerro a semana com o trabalho feito: um artigo no Estadão sobre o tecnopopulismo e um no Globo sobre a fúnebre marcha dos 100 mil, este sobre a pandemia. A revista Crusoé teve acesso as contas bancárias de Fabrício de Queiroz e constatou que ele depositou vários cheques na conta de Michele Bolsonaro. Márcia Queiroz também depositou alguns. O total é de R$ 89 mil.

Isso derruba a versão de Bolsonaro sobre um suposto empréstimo que teria feito a Queiroz e revela que ele sistematicamente depositava dinheiro na conta da família Bolsonaro.

Tive de comentar isto, mas na verdade minha hipótese sobre a atuação de Bolsonaro já revelei numa entrevista a Felipe Moura Brasil, precisamente do Antagonista e Crusoé.

A quantidade de cheques não altera o teor da análise. Minha hipótese é que Bolsonaro financiava suas atividades políticas e possivelmete sua vida pessoal com o dinheiro dos funcionários de gabinetes nos cargos da familia, vereador, deputado estadual e do próprio Jair como deputado federal.

É algo diferente dos que se financiam com dinheiro de empresas. Mas trambém é ilegal. Daí sua meia volta quando Queiroz foi preso. A partir daí, iniciou sua longa marcha pelas instituições de Brasíla, compondo com o Centrão e acionando mecanismos que neutralizam a Lava Jato.

Não creio que tenha repercussão sobre a legalidade do mandato porque crimes cometidos antes da posse não atingem um presidente no Brasil. Desmatamento na Amazônia cresceu mais de 30 por cento. Guedes acusou os americanos de terem destruído suas florestas e aniquilidado seus índios. Logo, não deveriam cobrar do Brasil.

Destruímos 93 por cento da Mata Atlântica, Guedes se esqueceu disso. E se esqueceu que nas condições ambientais, técnicas, econômicas e científicas de hoje, todos preservariam a Amazônia, simplesmente porque, além de tudo, seria mais lucrativo.

Estão destruindo a floresta e os neurônios de nossos dirigentes. Espero apenas que o sol continue a bilhar e que todos tenham um bom fim de semana.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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