Filha de Cunha pediu bolsa de luxo e roupa de marca ao pai

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© Myskiciewicz

Alvo de investigação na Operação Lava Jato, a filha do ex-deputado Eduardo Cunha, Danielle Dytz da Cunha, enviou e-mails ao pai com extratos de gastos no exterior, incluindo peças na Broadway e vestidos de festa, e pediu a ele, pelo menos uma vez, uma lista de compras, com bolsas e roupas de marca.

Os e-mails integram uma quebra de sigilo feita a pedido do Ministério Público Federal, que suspeita que a publicitária tenha se beneficiado de propinas recebidas por Cunha.

“Dad, mesmo eu indo viajar, infelizmente não tenho cacife para comprar tudo que gostaria”, escreveu Danielle ao pai, em fevereiro de 2009. “Fiz uma listinha do que eu gostaria que você trouxesse; veja claro o que não for te dar trabalho!”

Entre os itens solicitados pela filha, estão uma bolsa da grife Balenciaga, sapatilhas Tory Burch, um trench coat da inglesa Burberry, um par de óculos RayBan e camisas pólo da Ralph Lauren “para trabalhar”.

Pouco mais de um mês depois, a publicitária viajou a Nova York, e enviou ao pai um e-mail com uma relação de gastos no cartão de crédito -não há referência se o cartão era de Cunha.

O Ministério Público suspeita que o cartão fosse abastecido com dinheiro de propina. A mulher de Cunha, a jornalista Cláudia Cruz, afirmou à Justiça que possuía um cartão de crédito internacional mantido pelo marido para despesas no exterior, mas a família diz que o dinheiro é lícito.

“Paizinho, segue a relação de gastos até o final da viagem. Assim temos um controle exato”, escreveu Danielle.

Entre as despesas, estão US$ 152 com musicais na Broadway (“Vi Mamma Mia, você indica outra?”, escreve Danielle), US$ 2.699 com “computador e afins”, US$ 289 com dois vestidos de casamento, US$ 150 com o videogame Wii fit, além de gastos com vitaminas, livros, cartão de metrô e produtos de beleza na loja Sephora.

No total, foram quase US$ 5.000 em onze dias de viagem.

Procurada, a defesa de Cunha informou que Danielle não é ré e que não iria se manifestar. A investigação sobre a filha do ex-deputado, que não foi denunciada, ainda está em andamento. Folha de São Paulo

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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