Fisiologismo de Dilma já escandaliza até Maluf

Pegou mal. Pegou muito mal. Não foi ninguém ali no boteco. Não foi você. Muito menos eu. Foi um aliado de Dilma quem disse. O próprio Paulo Maluf. Membro da comissão que analisa o impeachment ele disse ao repórter Bernardo Mello Franco: “O governo está se metendo num processo de compra e venda que é detestável. Querem construir maioria no Legislativo dividindo o Executivo. Não é assim!”

Maluf olha ao redor, enxerga o mercado persa em que se converteu o PP, seu partido, e começa a tomar distância do governo. Programara-se para votar contra o impeachment. Mas já se sente “liberado” para seguir outro rumo. “Eu não queria fazer uma injustiça com a presidente, que é uma senhora correta e tem uma vida limpa. Mas agora a minha tendência está mudando.”

Sinal dos tempos: preocupado com seu prontuário, Maluf se incomoda com o assanhamento de Dilma, que quer salvar o mandato, não um bom nome. Ou o Planalto ainda não entregou a Maluf o que ele acha que merece ou o mundo perdeu o sentido. Maluf fala como se lhe doesse a ideia de fazer o papel de aliado limpinho numa peça imunda. Um enredo em que a personagem principal é uma rainha enodoada e cujo epílogo é ele, o Maluf, fazendo cara de nojo.

josias-de-souzaBlog do  Josias de Souza

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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