O cara era astrólogo e não previu que ia morrer? Pô, que fracasso!

Pra mim não faz a menor diferença, porque eu nunca li um livro do cara. Mas ele era importante pra minha turma, porque leu uns livros e citava uns caras, que nem os esquerdoides fazem. Se bem que, na verdade, o meu pessoal gostava dele por causa dos palavrões. O Olavo era uma mistura de Dercy Gonçalves com…, sei lá, Rui Barbosa.

O chato é que ele morreu de covid. Aí pega mal pra nós, negacionistas. Temos que dar um jeito de mudar essa narrativa aí. Vamos dizer que ele morreu do coração, de AVC, de hemorroida ou que foi envenenado pelo Foro de São Paulo. Qualquer coisa, menos covid, pô!

E a gente tem que transformar ele num mártir, que nem aquele outro que a esquerda usa, o Mártir Luther King.

O cachimbo do Olavo ainda nem esfriou e os sadicomunistas jã tão se lembrando das frases dele contra a covid, tipo “O medo de um suposto vírus mortífero não passa de historinha de terror para acovardar a população e fazê-la aceitar a escravidão como um presente de Papai Noel”.

Pois é, ele morreu de historinha de terror… Pra mim não faz a menor diferença, porque eu nunca li um livro do cara. Mas ele era importante pra minha turma, porque leu uns livros e citava uns caras, que nem os esquerdoides fazem. Se bem que, na verdade, o meu pessoal gostava dele por causa dos palavrões. O Olavo era uma mistura de Dercy Gonçalves com…, sei lá, Rui Barbosa.

O chato é que ele morreu de covid. Aí pega mal pra nós, negacionistas. Temos que dar um jeito de mudar essa narrativa aí. Vamos dizer que ele morreu do coração, de AVC, de hemorroida ou que foi envenenado pelo Foro de São Paulo. Qualquer coisa, menos covid, pô!

E a gente tem que transformar ele num mártir, que nem aquele outro que a esquerda usa, o Mártir Luther King.

O cachimbo do Olavo ainda nem esfriou e os sadicomunistas jã tão se lembrando das frases dele contra a covid, tipo “O medo de um suposto vírus mortífero não passa de historinha de terror para acovardar a população e fazê-la aceitar a escravidão como um presente de Papai Noel”.

Pois é, ele morreu de historinha de terror…

E quem vai ser o nosso intelectual agora? Podia ser o Weintraub, que já leu aquele tal de Kafta. Mas ele anda brigado comigo. Então vai ter que ser aquela ex-jogadora de vôlei, a Ana Paula Henkel. Ela já fala de política e de medicina, pode falar de filosofia também. Pelo menos ela usa óculos.

Agora me diz uma coisa, Diário: o cara era astrólogo e não previu que ia morrer? Pô, que fracasso!

Aliás, deve ter uma conjunção astral muito negativa pros negacionistas, porque eles tão morrendo de montão. Esses dias teve aquela cantora checa de 57 anos que pegou covid de propósito pra se imunizar, teve aquele guitarrista com menos de 50 anos que dizia que a vacina era uma invenção judaico-marxista e teve o Olavo. Sem falar nos que morreram antes, tipo o Magufuli, presidente da Tanzânia, o Frederic Sinistra, tricampeão mundial de kickboxing, e o pediatra Anthony Wong, que podia estar agora ajudando a gente nessa campanha contra a vacinação infantil.

Tem que ser negacionista, mas vacinado, pô!

Só não pode esquecer de pedir cem anos de sigilo da carteirinha de vacinação.

#diariodobolso
E quem vai ser o nosso intelectual agora? Podia ser o Weintraub, que já leu aquele tal de Kafta. Mas ele anda brigado comigo. Então vai ter que ser aquela ex-jogadora de vôlei, a Ana Paula Henkel. Ela já fala de política e de medicina, pode falar de filosofia também. Pelo menos ela usa óculos.

Agora me diz uma coisa, Diário: o cara era astrólogo e não previu que ia morrer? Pô, que fracasso!

Aliás, deve ter uma conjunção astral muito negativa pros negacionistas, porque eles tão morrendo de montão. Esses dias teve aquela cantora checa de 57 anos que pegou covid de propósito pra se imunizar, teve aquele guitarrista com menos de 50 anos que dizia que a vacina era uma invenção judaico-marxista e teve o Olavo. Sem falar nos que morreram antes, tipo o Magufuli, presidente da Tanzânia, o Frederic Sinistra, tricampeão mundial de kickboxing, e o pediatra Anthony Wong, que podia estar agora ajudando a gente nessa campanha contra a vacinação infantil.

Tem que ser negacionista, mas vacinado, pô! Só não pode esquecer de pedir cem anos de sigilo da carteirinha de vacinação.

#diariodobolso

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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