Como torrar a paciência alheia

O ponto de torra é uma medida de tempo e temperatura em que os grãos da Paciência Alheia são torrados. Ele determina a cor, o gosto e o cheiro da impaciência que você sente.

O tempo de torra mais curto oferece uma identidade mais leve e suave à raiva; já um tempo prolongado, deixa a Paciência Alheia mais escura, reação marcante e rejeição pronunciada. O grão de Paciência Alheia é feito de uma combinação de grãos de controle, calma e passividade, que resulta num blend balanceado.

Para uso diário e satisfatório da Paciência Alheia, encorpada mas ainda palatável, recomenda-se não torrá-la com o saco junto. Assim, estará sempre fresquinha na embalagem a vácuo. Experimente, mas não teste demais a Paciência Alheia.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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