Freud para tongos

A mitomania é a compulsão pela mentira, contada de forma consciente, que tem por objetivo a autoproteção ou, muitas vezes, o falseamento da realidade, de maneira a fazê-la parecer melhor. “Trata-se de um processo de adoecimento psíquico, onde a pessoa que sofre vive alimentando mentiras”.

DO GOOGLE. O Brasil sabe quem é o paciente número um da doença. Sim, ele, o presidente da República, que mente duas vezes por segundo e, pior, acredita nas próprias mentiras. Se o SUS adotasse classificação local, como o CID mundial, chamaria de A Doença do Mito. Fosse infecciosa, seu patógeno seria o Bolsonovírus.

O Mito é o Mito propriamente dito. E a mentira, aquela que o Mito impropriamente conta – e convence. A mitomania agrava nos que acreditam no Mito, porque é doença pré-existente, em latência, incurável e invacinável. A mitomania não é terminal para o portador.  Ela só mata a verdade e causa danos graves coletivos.

Há registros fiáveis sobre o agravamento da mitomania. De doença mental leve, que afeta o paciente nas suas relações próximas, ela pode derivar para a esquizofrenia e a paranoia. Em uma o mitômano dissocia-se da realidade. Na outra, ele interfere na realidade, identifica inimigos reais e imaginários e lhes pode ser letal.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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