Índia faz Bolsonaro sentir gosto amargo do nacionalismo que tanto defende

A dificuldade do governo de Jair Bolsonaro em obter as vacinas fabricadas na Índia não é aduaneira e nem científica. Tampouco se trata de um problema de transporte e nem de um risco de calote. Brasília, no fundo, esbarra em outro obstáculo: o nacionalismo do governo indiano.

Neste fim de semana, Nova Déli inicia sua vacinação em massa, prevendo 600 milhões de doses para os próximos meses.

O governo ultranacionalista indiano tem sido pressionado por sua base mais radical a demonstrar agora que esse caráter do discurso do primeiro-ministro Narendra Modi vai além das palavras. Diplomatas na Índia confirmaram à coluna que um dos aspectos para fechar essa equação das entregas ao Brasil era a questão política.

Foi justamente esse nacionalismo que aproximou os dois líderes. No ano passado, Modi convidou Bolsonaro para a celebração do dia nacional do país. O indiano é acusado de fazer uma campanha nacionalista, de atacar minorias e até de minar o caráter de diversidade do país. Seus laços com líderes da extrema-direita também têm sido alvo de polêmicas.

Jamil Schade

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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