Jair Simão Bacamarte

DILMA foi impichada por causa das pedaladas fiscais. Entre as pedaladas fiscais e as queimadas na Amazônia a diferença está na extensão da gravidade. Nos dois casos houve descumprimento da lei pelo presidente da República. Dilma deixou de cumprir regras financeiras para agradar seu eleitorado. Bolsonaro deixa de aplicar normas de segurança para conter as queimadas na Amazônia.

Bolsonaro omite-se no combate para atender seu eleitorado, o agronegócio, a exploração de minérios e a grilagem de terra dos índios. Com a agravante de estimular desmatamento e queimadas com seu discurso de negação dos problemas ambientais e de ódio aos estudiosos do ambiente, a quem carrega em acusações ideológicas. O impiche que derrubou Dilma tem maior força para derrubar Bolsonaro.

Não vai dar impiche, pena, porque o presidente é inimputável, como Adélio Bispo, porque desliza no teflon, como Lula, porque as zelite não querem passar vergonha mais uma vez. A continuar como está, Bolsonaro termina o mandato em camisa de força, trancado pelos generais de pijama em quarto acolchoado no Alvorada, de onde sairá para atos oficiais no colo de um deles, o ministro ventríloquo.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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