Mural da História

Sem medo do lugar-comum, vale a pena repetir: o riso sempre se constitui numa arma eficaz contra a prepotência. Certamente os trabalhos reunidos neste livro, assinados por alguns dos melhores artistas do cartum no Brasil, contribuíram para revelar as mazelas do autoritarismo que por mais de 20 anos dominou o País.

Censurados nos meios de comunicação, esses artistas encontraram no Salão do Humor de Piracicaba, inaugurado no apogeu (1974) do regime militar, o meio para manifestar o seu inconformismo. Por isso, ao editar este livro, que reúne o melhor do Salão do Humor de 1974 a 1984, a Imprensa Oficial do Estado oferece ao público um significativo testemunho da luta contra a repressão que caracterizou a nossa história recente. Testemunho via riso-raiva -inconformismo.

Poucas iniciativas culturais, em nosso País, têm recebido apoio popular tão expressivo como o Salão do Humor, visitado anualmente por mais de 150 mil pessoas. Atendendo ao convite da Prefeitura Municipal de Piracicaba, a Imprensa Oficial do Estado passa, a partir deste ano, a co-patrocinar o Salão. Coube-lhe, nesta promoção, organizar uma exposição retrospectiva dos salões realizados de 1974 a 1984 e agora a edição deste livro —mais do que uma coletânea de humor, documento de uma época. (Audálio Dantas 1929|2018)

São Paulo, 1985, Imprensa Oficial do Estado S.A. IMESP, Prefeitura de Piracicaba. Quem procurar, acha.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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