Maestro Gaya

© Márcio Santos

Lindolpho Gomes Gaya nasceu no dia 6 de maio de 1921, em Itararé, uma pequena cidade do sul do estado de São Paulo. Com nove anos de idade começou seus estudos de piano dando início a uma das mais brilhantes carreiras da história da nossa música. Na década de quarenta, trabalhando na Rádio Tupi de São Paulo, conheceu a cantora paranaense Stelinha Egg com quem se casou em 1945, formando sua mais bela e eterna parceria. Juntos percorreram o Brasil pesquisando e recolhendo elements das nossas raízes musicais e do nosso folclore, sendo pioneiros na divulgação da nossa cultura musical por doze países da Europa, na década de cinquenta.

Por saberem que a paixão pela música une as pessoas, na década de setenta, se apresentaram por todo o Brasil, principalmente nos auditórios das universidades, com shows gratuitos contando e cantando a evolução da música popular brasileira do Afro à Bossa Nova. Sendo importante partícipe deste último movimento e tornou-se um dos maiores arranjadores da então recém-chamada MPB, mas infelizmente teve seu trabalho interrompido em 1985 quando sofreu um derrame, vindo a falecer no dia 17 de setembro de 1987 em Curitiba. Sua incansável companheira procurou fazer da sua dor, estímulo para se dedicar a organização do vasto acervo acumulado ao longo dos seus 42 anos de um dos mais autêntico casamento, pessoal e profissional. Mas em 16 de junho de 1991, seu último sonho para coroar todas as suas realizações nos foi delegado com o seu falecimento: abrir o “Memorial Maestro Gaya” para os jovens músicos.

Diante de tamanha afeição à cidade natal da sua inseparável esposa, que também acabou ganhando sua predileção a ponto de lá viveram seus últimos anos, os familiares, num ato de reconhecimento e contemplação à cidade, em 1999, doaram todo o acervo do casal ao Museu da Imagem e do Som/PR.

(Lindolpho Gomes Gaya|1921|1987)

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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