Marina Solda, a Paleta da Vida

Marina-Solda© Sandra Solda

”O que nunca morre é espaçotempo/Mas
pode chamá-lo de Mamãe/Quem nunca
abandona esta mulher/O Céu e a Terra
fecunda/Suave é o seu poder/Sempre
e sempre a nos amamentar/Desça – ela
estará lá/ Suba – ela tomará no colo.
(Lao Tsé, O Tao Feminino)

Marina Solda, natural de Itararé-SP, “Santa Itararé das Artes”, ela mesma uma grande artista, mãe de outros tantos grandes artistas; as tintas e tons e cores de sua paleta-vida “como palavras de sua alma rica”, sensível, enternurada, oriunda de descendentes de imigrantes, que foi morar em Curitiba e lá se tornou conhecida, amada, vencedora, personalidade cultural de destaque.

Marina da Conceição Nunes Vidal, filha da dona Alzira Nunes e do popular “Marinheiro”, irmã do boêmio Tio Jannys da Cantina do Tio de Itararé. Marina Solda, mais de 1000 (mil) telas já pintadas e algumas vendidas para o exterior, duas para a Itália. Exposições individuais:

Assembléia Legislativa do Paraná – Curitiba – Acrílico sobre tela de linho e óleo sobre tela de linho. Coletiva no Museu Alfredo Andersen. Coletiva na Galeria Andrade Lima e Escola de Arte. Cursos de desenho – desenho livre, desenho da figura humana, xilogravura, aquarela, cerâmica, escultura e pintura. Homenageada pela Câmara Municipal de Curitiba, importante cidade onde residiu por muitos anos, pelos trabalhos realizados nos mais diversos campos como Arte, Política (assessoria parlamentar qualificada), Educação e Jornalismo.

Artista plástica revisionista, Marina Solda evidencia em suas obras a ruptura com os conceitos tradicionais da arte, propondo uma nova linguagem artística, uma espécie de Revisionismo, posição ideológica preconizando a revisão de uma doutrina política dogmaticamente fixada.

A Artista Plástica Marina Solda expôs as telas “Arte Contemporânea Sem Fronteiras” no Espaço Cultural da Assembléia Legislativa do Paraná. Paulista de Itararé, onde é muito querida, morou na capital paranaense por mais há mais de 50 anos. Suas obras expressionistas são pintadas com tinta especial importada, e o diferencial dessas obras é que elas são expostas sem molduras, possibilitando ao comprador emoldurar a tela ao seu estilo. A exposição que fez em Curitiba foi parte das homenagens ao Dia Internacional da Mulher, ocorrendo a convite da deputada Cida Borghetti (PP).

A artista Marina Solda foi noticia no “Journal of the Senate” em janeiro de 2001, para orgulho do Clã dos Fanáticos de Itararé que têm na como a mais importante personalidade feminina de destaque, valorada na arte da histórica cidade da batalha que não houve, mas de uma batalha que ainda há para cultuar seus artistas como o mote “Sempre Haverá Itararé” por intermédio deles, entre os quais se destacam nomes como Maestro Gaya (itarareense que é nome de rua em Curitiba), Armando Merege, Rogéria Holtz, Jorge Chuéri e o próprio Luiz Antonio Solda, filho ilustre da Marina e o mais importante e premiado cartunista brasileiro. Como diz Fábio Luciano no site www.itarare.com.br:

“Marina Solda Itararé nasceu em 18 de junho de 1935 em Itararé, e faleceu em /Curitiba, dia 20 de fevereiro, 2009. “Artista de Itararé, Dona Marina, não nos deixa a sós, deixa na veia artista um belo traço de Itararé para o mundo(…) Luiz Solda cartunista e blogueiro de teclado e mouse cheio.”

Agora que a Pintora Marina Solda é uma estrela de Itararé no céu da saudade, seu nome ficará marcado pela paleta da vida que ela rebrilhou com suas tintas de presença marcante, matriarca de um clã forte e de nomes ilustres, pessoas inteligentes, criativas, porque, afinal todos os descendentes da Martina têm a quem puxar, por assim dizer; dela e do próprio patriarca da Marina, o popular Marinheiro que desenhou as matemáticas ruas de cacau quebrado de Itararé, a grande beleza urbana da Cidade Poema de Itararé.

Itararé costuma dar valor para os que a promovem em verso e prosa, artes e reinações de qualidade humanitária e ética, embora a melhor saída para os artistas de Itararé seja a Estação Rodoviária da cidade, capital artístico-cultural do sudoeste paulista, metade do caminho entre Curitiba e Sampa. Marina Solda foi o maior nome de Itararé nesse sentido. Que Itararé lhe reconheça o mérito, e lhe dê o nome de uma rua ou mesmo de uma Escola de Artes, porque Curitiba, que sempre abrigou muito bem os “andorinhas sem breque de Itararé (quem nasce em Itararé é “Andorinha”), certamente saberá testemunhar oficialmente a importância de Marina Solda, para lhe dar um nome de Rua. Já pensou, Rua Artista Marina Solda?. Afinal, quem é bom já nasce luz, e, tirando de letra, Marina Solda literalmente pintou e bordou. Essa foi a sua marca, a sua lavra, a sua passagem brilhante por este Planeta Vida.

Silas Correa Leite

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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