Menas

Rogério Distéfano

Todo ano a mesma coisa. Fim ou começo do horário de verão, a tia telefona para saber se vem almoçar no “horário  novo ou no horário antigo”. Mas sempre liga no “horário novo”. O estômago tem razões que o próprio estômago desconhece.

Sérgio Cabral, o ex-governador hoje detento da Lava Jato, paga um colega preso para limpar sua cela. Tem otário em toda parte, até na cadeia.

Dilma não “descarta” candidatura a senadora ou a deputada. Problema nenhum, direito dela. A não ser o ‘descarta’, que devia ficar no baralho. Também do eleitor, de descarta-la de vez.

O delator informa: a Odebrecht pagou orientador empresarial para ensinar Luís Cláudio Lula da Silva a tocar sua/dele empresa, a Touchdown. Sei não, numa dessas foi o polvo baiano que ensinou Lula a não falar ‘menas’.

Michel e Marcela Temer mudam-se para o Alvorada, residência dos presidentes da República. Podiam ficar no Jaburu, rima e solução, casa dos vices. Mas daí as más línguas diriam ser recalque de golpista. Melhor encarar a urucubaca de Dilma.

O corretor ortográfico pode ser o inimigo de quem escreve. Quando a gente escreve errado de propósito, o bicho vem e corrige. Menos, menos … Eu escrevi ‘menas’.

A ministra Luislinda Valois, dos Direitos Humanos, exigia o tratamento ‘desembargadora’ quando ainda apenas secretária da área. Ela é desembargadora aposentada, mas usava a abreviatura em documentos oficiais: ‘desa.’ – agora que subiu na nomenclatura escreverá ‘mina.’? Por que não ‘des’. e ‘min.’, como exige dona gramática? Ora, isso é coisa que vem de Dilma, a ‘presa.’

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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