O susto do taxista

No último fim de semana, um passageiro de um táxi, indo para o aeroporto, inclinou-se para a frente para perguntar algo ao motorista, gentilmente tocando-o no ombro, para chamar a sua atenção.
O taxista deu um berro, perdeu o controle do carro, quase bateu num ônibus, subiu na calçada e só parou a poucos centímetros de uma grande porta de vidro. Por alguns momentos, fez-se silêncio no carro. Então, o motorista, tremendo, falou: – O senhor está OK? Sinto muito, mas o senhor me deu um grande susto. O também trêmulo passageiro pediu desculpas ao taxista, dizendo: – Eu não sabia que um simples toque no ombro assustaria tanto alguém. O taxista respondeu:
– Não, não, eu é que peço desculpas. É que hoje é o meu primeiro dia dirigindo um táxi. Eu fui motorista de carro fúnebre por 25 anos.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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