Museu Oscar Niemeyer exibe a mostra “Acaso Controlado” de Daniel Feingold

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São cerca de 40 obras entre fotografias e pinturas

O Museu Oscar Niemeyer (MON) receberá no dia 02 de junho, quinta, às 19 horas, a exposição “Acaso Controlado”, do artista carioca Daniel Feingold. A mostra ocupará a sala 2, com cerca de 40 obras, dentre fotografias e pinturas. A entrada na hora da abertura será gratuita.

Com curadoria da cientista social, historiadora e curadora de arte Vanda Klabin, a exposição se divide em quatro ambientes. No primeiro, serão apresentados três obras históricas, entre elas, o tríptico Grid# 02, que fez parte da Bienal do Mercosul, seguidas de outras duas obras da série “Espaço Empenado”, dando um caráter retrospectivo da carreira de Feingold. Nas salas seguintes serão apresentados quatro pinturas da série “Estrutura” e cinco pinturas da série “Yahweh”.

Fechando a exposição, serão apresentadas 32 fotografias da série “Homenagem ao Retângulo”, feitas no Jardin des Plantes, em Paris. “A fotografia para Feingold é um modo de apreensão do real e o eixo condutor do seu aparelho sensível e perceptivo”, comenta a curadora.
Para Juliana Vosnika, diretora-presidente do Museu Oscar Niemeyer, “oferecer ao público a oportunidade de conhecer obras emblemáticas da produção de Daniel Feingold, artista carioca que já tem seu nome estabelecido nas artes visuais brasileiras atende o nosso propósito de disseminar a cultura e acrescentar mais informações ao repertório do nosso visitante.”

A série negra, que o artista chama de Yahweh (Javé) leva o nome do Deus judaico do Antigo Testamento e é composta por telas pintadas em preto sobre branco, na posição vertical e, depois, unidas na horizontal, formando dípticos de grandes dimensões. Essa série marca um novo ciclo de trabalhos do artista.

Serão apresentadas ainda quatro pinturas medindo até dois metros e oitenta cada, da série “Estrutura”, são dípticos, em esmalte sintético, cada um com uma paleta reduzida de cores, enfatizando as questões: estrutura, plano e cromatismo. Pinturas degrande formato através do qual o espaço bidimensional da tela interage incisivamente com o observador.
A série fotográfica nomeada “Homenagem ao Retângulo” é composta por 32 imagens. As fotografias dessa série são abstrações geométricas feitas a partir de troncos de árvores secas do Jardin des Plantes, que o artista descreve como uma maneira de reestruturar o espaço, contradizendo a situação arquitetônica.
Processo de criação

Daniel Feingold trabalha com esmalte sintético escorrido, e a pintura acontece neste processo, quando a geometria organiza o olhar na apreensão do movimento dos planos. A articulação da grade geométrica é atingida pela fluência do esmalte sintético escorrendo na tela sem que o artista interfira no seu movimento. O controle surge pela combinação da espessura da tinta com a precisão obtida pelo ritmo e quantidade despejada. Não há fitas separando os campos de cor, não há pincel, rolo ou espátula.

Feingold revela o seu enfrentamento direto com a pintura por meio da execução de unidades de grande escala. A exuberância da matéria combina um sistema pictórico com conceitos críticos, com o repensar a arte, seus limites, suas inquietações. O seu trabalho pulsa, irradia-se para as bordas e margens em formas ondulantes, fluidas, sempre materializando um novo gesto.

O Secretário de Estado da Cultura, João Luiz Fiani, ressalta que “o Museu Oscar Niemeyer está atento com o que acontece no mundo, essa contemporaneidade é muito importante, e trazer as obras do Daniel Feingold é fundamental para que o museu se firme cada vez mais como espaço expositivo atualizado. É um artista de grande categoria e isso só vem enaltecer o trabalho do museu”.

Sobre o artista
Nascido no Rio de Janeiro, em 1954, formou-se em Arquitetura na FAUSS, RJ 1983. Estudou História da Arte e Filosofia com o crítico de arte Ronaldo Brito, UNIRIO/PUC 1988-1992; Teoria da Arte & Pintura e Núcleo de Aprofundamento, EAV Parque Lage, RJ 1988-1991; Mestrado no Pratt Institute, NY 1997. O artista tem como trajetória exposições no Museu de Arte Moderna (MAM-RJ), 5° Bienal Mercosul e agora mostra suas obras no Museu Oscar Niemeyer.

Quinta + MON
Neste mesmo acontece o “Quinta + MON”, quando o museu fica aberto das 10h às 20h e após as 18h a entrada é gratuita.

Além da inauguração, os visitantes poderão conferir 11 mostras em cartaz: “MAC/MON – um diálogo”, “Olhar InComum: Japão Revisitado”, “Prêmio Objeto: Brasil”, “Moderna para Sempre”, “Nos pormenores um universo – Centenário de Vilanova Artigas”, “Obras sob guarda do MON”, “Histórias do acervo MON – em aberto”, “Museu em Construção”, “Cones”, “Espaço Niemeyer” e “Pátio das Esculturas”. O MON Café e a MON Loja também ficam abertos.

Serviço

Exposição Acaso Controlado – Daniel Feingold. Abertura: dia 2 de junho, quinta, 19 horas. Entrada gratuita na hora da abertura. Até 25/09/2016, terça a domingo, das 10h às 18h

Quinta + MON|Horário estendido no MON. 10h às 20h, após 18h entrada gratuita. Retirada de ingressos: até 19h30|Toda primeira quinta do mês.

Museu Oscar Niemeyer. Rua Marechal Hermes, 999. 41 3350-4400|Terça a domingo, das 10h às 18h. Retirada de ingressos: até 17h30. R$12,00 e R$6,00 (meia-entrada)

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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