Museu Oscar Niemeyer inaugura a exposição Tupi or Not Tupi

Antonio-Claudio-Carvalho-2003Obra de Antonio Claudio Carvalho/2013

Mostra no Museu Oscar Niemeyer faz um panorama das artes brasileiras desde a Semana de Arte Moderna de 22 até os dias atuais

Em 1928, Oswald de Andrade apresentou seu Manifesto Antropofágico, no qual exaltava a identidade e a criatividade brasileiras por meio das suas manifestações culturais. O documento se tornou um marco do Modernismo no Brasil e “Tupi, or not tupi that is the question” é uma das muitas metáforas que compõem o manifesto.

Ser ou não ser brasileiro? A provocação do Manifesto Antropofágico é o ponto de partida para a exposição promovida pelo Museu Oscar Niemeyer (MON), que exalta a identidade brasileira por meio das suas manifestações culturais nas Belas Artes.

A mostra ocupa duas salas expositivas e diferentes espaços de circulação na área interna e externa do museu. Dividida em 10 núcleos, apresenta uma leitura cronológica da produção artística em diferentes momentos da história do Brasil – Modernismo, Estado Novo, Anos Dourados, Anos de Chumbo e na contemporaneidade – destacando obras-chave na construção da cultura brasileira nesses diferentes períodos nos campos das Artes Plásticas, Artes Gráficas, Dança, Teatro, Música, Documentário, Fotografia, Performance, Design, Arquitetura, Cinema, Televisão e Literatura. A produção cultural do Paraná também é destacada em “Tupi or not Tupi”, deixando visível a inserção criativa dos artistas locais no contexto nacional e o seu diálogo com as tendências ao redor do mundo.

Com uma museografia de grande impacto estético e simbólico – os núcleos expositivos serão organizados sob duas grandes estruturas em forma de libélula, representando a liberdade da criação artística – a apresentação dos conteúdos se dará por meio de obras originais, vídeos, fotografias, documentários, filmes, maquetes e objetos. Uma inovação importante desta mostra será a apresentação de holografias de atores no núcleo dedicado ao teatro, além de outros recursos de realidade aumentada que permitem a interação dos visitantes com as obras. Cada núcleo apresentará uma linha do tempo com a contextualização do panorama artístico existente no Brasil e no mundo nos períodos abordados na exposição.

Pinturas, esculturas e instalações de referência na produção visual brasileira do século 20, dispostas em 16 módulos, apresentam, em diálogo, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Vicente do Rego Monteiro, Portinari, Lasar Segall, Guignard, Cícero Dias, Flavio de Carvalho, Pancetti, Victor Brecheret, Djanira, Iberê Camargo, Di Cavalcanti, Lygia Clark, Helio Oiticica, Cildo Meireles, Tunga, entre outros. A produção paranaense está representada por artistas como Guido Viaro, Theodoro de Bona, José Antônio de Lima, Alfredo Andersen, Domicio Pedroso, Helena Wong e Miguel Bakun.

Fotos, vídeos e maquetes mostram um panorama da arquitetura brasileira realizada nas principais capitais do País. No vão-livre do museu serão colocadas estruturas verticais móveis que se modificam conforme o deslocamento dos visitantes. A obra procura questionar a relação de espaço, tempo e movimento na arquitetura contemporânea, e também a relação humana com o espaço.

A exposição traz ainda diversas surpresas, além das holografias, como performances, leituras dramáticas, exibição de vídeos, instalações e arte interativa. Reproduções das capas da revista de arte moderna Klaxon, por exemplo, formarão um grande tapete na rampa do museu e o visitante poderá acessar – via smartphone e tablets – o conteúdo digitalizado de cada número da publicação.

A curadoria geral da mostra é de Consuelo Cornelsen e cada núcleo conta com uma curadoria adjunta. Sem dúvida é uma grande oportunidade para conhecer a versatilidade e a importância da produção artística brasileira.

Serviço: Tupi or not Tupi. Abertura: 31 de maio de 2014 (sábado), às 11 horas. Entrada franca na hora da abertura. Período expositivo: até 21 de setembro de 2014. Horário: terça-feira a domingo das 10h às 18h. Museu Oscar Niemeyer. Rua Marechal Hermes, 999, Centro Cívico – Curitiba- PR. Ingressos:R$6 e R$3 (meia-entrada)

Entrada Franca para menores de 12 anos, maiores de 60 anos e escolas públicas com visita agendada. Acesso gratuito no primeiro domingo de cada mês das 10h às 18h, e na primeira quinta-feira do mês, entre 18h e 20h

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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