Não é possível!!!

Isso não está acontecendo!… É um pesadelo, do qual precisamos acordar! Pior do que aqueles filmes de terror estrelados por Bela Lugosi, Lon Chaney, Boris Karlloff, Vincent Price e Chistopher Lee, que nos faziam tremer na poltrona do cinema.

Um ministro de Estado da Educação (sim, da Educação!!!), vale-se de um reunião de ministros do governo federal, encabeçada pelo Presidente da República, para, de viva voz, chamar os ministros do Supremo Tribunal Federal, a mais elevada Corte de Justiça do País, de “bandidos” e advogar a prisão de todos eles. Fez isso babando fel e espumando de ódio. A cena vem a público, choca a população e deixa a Nação estarrecida.

Como consequência, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determina a oitiva do insigne ministro – é o mínimo que pode fazer na altura dos acontecimentos e em plena consonância com o ditames legais.

Aí entra em cena o sucessor do ministro Sérgio Moro, um tal de André Mendonça, uma figura mirrada física e mentalmente, com aspecto de boneco de ventríloquo e capacho de minúscula dimensão do capitão-presidente. Que faz a desagradável e caricata figura? Ingressa com habeas corpus contra a decisão de audiência. Habeas corpus impetrado por um ministro da Justiça???!!! Contra ato de ministro do Supremo Tribunal Federal???!!! Para impedir a sequência de um processo regular no Excelso Pretório???!!!

Cadê a AGU – a pomposa Advocacia Geral da União, da qual o infeliz e até então anônimo André Mendonça é egresso – que deveria servir para essas coisas?!

Isso só é possível em um país sem governo, sem respeito às instituições públicas, presidido por um insano desqualificado, despido dos mais comezinhos atributos do ser humano, como a sensatez, o raciocínio, a compreensão, o equilíbrio, o respeito e a dignidade.

Sua excelência Jair Messias Bolsonaro envergonha a presidência da República. Há muito já deveria ter sido recolhido ao manicômio para tratamento de choque. Instalou e alimenta no Planalto Central do Brasil um governo de ódio, fratricida, irresponsável e perigoso, que tem como porta-vozes Roberto Jefferson e os irmãos Bolsonaro.

Onde estão os homens de bem deste país? Teriam sido dizimados pelo coronavírus? Por muito menos, fomos às ruas, tomamos praças e jardins, mostramos a nossa voz, exibimos a nossa contrariedade. Onde está todo mundo? Estupefato diante do noticiário, acuado dentro de casa, com medo do bicho-papão?! Não se iluda, é inevitável: ele logo lhe pegará.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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