Narcisofrênica

Mulher bonita, interessante, inteligente, já era doutora em alguma coisa. Todos pensavam em chegar junto, havia nela mistérios a serem explorados. Acontece que chegou antes a adulação dos homens gordos, feios, não resolvidos, onanistas de plantão.

Virou narcisista, tudo girava em torno dela. Aos 30, como era possível? Antes, modesta, pés-no-chão, consciente de si mesma e de sua circunstância. Agora, pós-gordos, era ela e mais ela, só ela. Lembrei da outra que conheci, em quem a esquizofrenia se manifestou aos 20.

Entendi. O narcisismo é a esquizofrenia dos falsos saudáveis. E pode se manifestar na idade adulta. Irreversível, incurável nos dois casos. Poucos percebem, todos sofrem. (Saverio Marrone)

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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