Nosso tipo inesquecível

O lendário e glorioso dia 12 de junho de 1993 amanheceu com um programa na então Rádio Educativa, louvando o homenageado. Ao cair da tarde, houve a sessão solene da Câmara de Vereadores, outorgando ao Mercer o título de Cidadão Honorário de Curitiba. Após, veio o grande baile no Clube Concórdia. A foto da Lina mostra o casal Sérgio e Maria Helena, a Marica, deixando o carro que os levou ao Concórdia. O automóvel era, como se vê, fabricado naqueles anos de guerra que também viram nascer o genial Sérgio Fernando da Veiga Mercer.

Para a gravação do hoje CD, na época fita cassete, nominado As Músicas de Sérgio Mercer e seu Bandoneón Imaginário, fui ao estúdio do Paulo Chaves para instruir o Marinho Galera sobre letras, acordes, tons, primeiras e segundas partes das músicas que eu conhecia. Em uma delas, o Samba do Bob Dylan, fiz a introdução, apenas como indicação do que deveria ser gravado. Como não encontraram ninguém que fizesse a gravação definitiva daquele texto, pediram que eu voltasse lá. Não fui. Quando ouvi a fita, levei um susto. Tinham usado meu layout sonoro na versão definitiva.

As reuniões para estabelecer tudo o que seria produzido para o Primeiro Cinquentenário do Sérgio Mercer começaram no final de 1992. Aquilo virou uma bebedeira só. Foram seis meses de invenções. As melhores passagens tiveram como protagonistas Margarida e Ângela Mercer. Quando as duas soltavam a voz nas estradas, feito Milton Nascimento, não tinha para ninguém. As serenatas que fizemos ainda ecoam nos meus ouvidos, se bem que hoje já estejam um pouco apagadas. Culpa dos zumbidos que não me deixam em paz.

28 de março, 2007

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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