Num estalar de dedos

Pablito Pereira era um estalar de dedos. Assim viveu, assim se foi. Energia incontrolável. Depois de anos o encontrei na praça Osório, por acaso. O mesmo de sempre, desde que o conheci há 40 anos. Acontecia, fazia – e falava. Era bom ouvi-lo, para receber uma descarga elétrica de vida. Não, não era o trololó dos chatos. Era um entusiasmo pelo que produzia. Dessa última vez estava finalizando, com o filho, o documentário sobre o craque Alex. Coisa de amor pela arte, do cinema, que é fotografia e pelo futebol. Tinha a ver, porque, acredito, o Pablito era alimentado 24 horas por emoção. Viveu assim e foi embora de repente, deixando todos os amigos no ar, surpresos, como sempre fez.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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