O Brasil atolado na estrada com Bolsonaro e seu Posto Ipiranga

O governo Bolsonaro já tem uma marca histórica. Um estudo do Instituto Brasileiro de Economia da FGV aponta que a recuperação da economia brasileira é a mais fraca em 40 anos. Segundo o estudo, divulgado nesta quinta-feira pelo Estadão, o país só recuperou 30% das perdas da última recessão econômica, que foi de 2014 a 2016, período em que a perda foi de cerca de R$ 486 bilhões. Faltam R$ 338 bilhões para que o PIB volte ao patamar pré-crise. Ou seja: falta muito para que o Brasil volte a uma situação que já não era boa, para daí então começar a tentar melhorar de vida.

O resultado até agora seria decepcionante para qualquer governo, mas é muito pior para um presidente que se gabava de ter um “Posto Ipiranga” para cuidar da economia. O problema é ainda mais grave porque esses 30% recuperados vêm desde a retomada muito lenta iniciada em 2017, com o governo de Michel Temer. Eleito para consertar o país, Jair Bolsonaro é incapaz de atender às expectativas.

É tão grande a dificuldade desse governo para fazer a economia entrar em funcionamento que até má notícia é recebida com alívio. Outra informação é que o PIB brasileiro cresceu 0,4% no segundo trimestre. E por que este número mixuruca atenua o desespero? O resultado é ligeiramente acima do que era esperado, o que afastou o risco de entrada do país em recessão técnica.

É preciso ser otimista, pois ainda dá para respirar se pondo na ponta dos pés e mantendo o nariz pra fora d’água. O problema é que tudo indica que o tal do “Posto Ipiranga” está com sérias dificuldades para começar a funcionar.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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