O Brasil de Bolsonaro passando vergonha no mundo

A situação do Brasil no contexto internacional vai ficando cada vez mais parecida com uma piada pronta. Piada pronta de humor negro, assim é que está o nosso país no plano mundial. Entramos nesta segunda-feira com a notícia de que a Heckler & Koch (H&K), fabricante alemã de armas, vai suspender a exportação de armamento para o Brasil. A empresa é fabricante da arma que foi usada para matar a vereadora Marielle Franco, uma submetralhadora de uso restrito.

A suspensão da exportação de armas para o Brasil se deve a pressões de acionistas alemães, a partir de questionamentos da Associação Críticos na Alemanha feitos à direção da empresa. Este é um tipo de ação social já comum na Europa e nos Estados Unidos, com a pressão de ativistas sobre marcas e empresas, exigindo respeito ético na escolha de sua clientela, que neste caso da H&K atinge por inteiro um país tomado por barbaridades que arrasam com a nossa imagem no exterior.

Um porta-voz da fábrica de armas alemã disse que a situação política e a violência policial fizeram a H&K suspender a exportação das armas. Os bolsonaristas vão ficar irritados. A justificativa mira exatamente este governo que tem no comando esta figura execrável que se elegeu fazendo com as mãos um gesto de matar com arma de fogo.

Vejam o que disse o porta-voz da H&K: “Com as mudanças no Brasil, especialmente a agitação política de antes das eleições presidenciais e a dura ação da polícia contra a população, foi confirmada a decisão de não fornecer mais para o Brasil”.

Como eu disse, a notícia tem até um toque trágico de humor, no entanto tem consequências muito sérias, com a consolidação do Brasil como um estado pária no contexto internacional. Como por aqui se obedece cada vez menos a leis, regras ou normas, especialmente da parte das mais altas esferas, dos que têm dinheiro, poder e o domínio do uso da violência, as relações externas vão ficando cada vez mais difíceis.

Esta é a nossa imagem atual e ponto final. Vivemos em um país de tal forma descontrolado, que aos olhos estrangeiros não tem responsabilidade suficiente nem para comprar armas. E nada vai adiantar ficar buscando justificativas, que servirá apenas para o costumeiro auto-engano entre nós.

É preciso tomar decisões sobre o destino que se deseja afinal para este nosso país. O que ficou muito óbvio é que o Brasil não pode ser conduzido por um sujeito que podia até ser motivo de riso quando fazia suas besteiradas como político idiota do baixo clero, mas que na presidência da República arruína o futuro do país.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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